Procuradora Elke Moura fala sobre inteligência, estruturação e desafios do MPC para 2022

 

A partir do Encontro Nacional do Ministério Público de Contas (Enampcon), foram criados Grupos de Trabalho para fortalecimento da atividade em nível nacional. Dentre esses, o Grupos ‘Inteligência e Estruturação’ coordenado pela procuradora de Contas do MPC-MG, Elke Andrade Soares de Moura.
Em entrevista exclusiva ao site da Associação Nacional do Ministério Público de Contas (Ampcon), Elke Moura fez reflexão sobre os desafios das competências do ‘Inteligência e Estruturação’, levando em conta um cenário público para 2022.

Ampcon: Qual sua visão sobre a relevância do tema do Grupo neste cenário de 2022?
Elke Moura: Acredito que a atividade de inteligência seja algo da mais alta relevância, não apenas neste cenário de 2022, um cenário de dificuldades acentuadas, mas como ferramenta que pode, de fato, colocar o MPC em condições de enfrentar com êxito os desafios que lhe são impostos por força de lei, para prestar um serviço de qualidade à sociedade.

Ampcon: De que maneira esse foco pode contribuir para potencializar mais a atuação dos MPCs?
Elke Moura: A partir do momento em que se passa a ter condições de atuar estrategicamente, em áreas ou objetos que apresentem relevância, materialidade ou risco, identificados por meio da atividade de inteligência, os resultados obtidos com a nossa atividade de controle passam a ser maiores e melhores.

Ampcon: É necessário estimular, de maneira nacional, questões que são da agenda de avanços dos MPCs, para fortalecer a atuação da instituição como um todo?
Elke Moura: Sem dúvida, quando se consegue replicar questões importantes no maior número de MPCs possível, para um agir uníssono, a repercussão do trabalho realizado ganha peso nacional, fortalecendo a instituição como um todo.

Ampcon: O tema do grupo pode fazer a diferença para a capacitação técnica dos procuradores e procuradoras?
Elke Moura: Trabalhar com ferramentas de inteligência, na minha opinião, implicará em um grande salto de qualidade na atuação dos membros do MPC, razão pela qual estamos buscando várias capacitações junto a instituições que detêm a expertise na área, para viabilizar o conhecimento necessário.

Ampcon: A disseminação de exemplos de atuações, de desenvolvimentos e atuações regionais, pode ampliar a qualidade em âmbito nacional?
Elke Moura: Com certeza o compartilhamento de boas práticas e conhecimentos entre as diversas unidades do MPC pode contribuir significativamente para ampliar a qualidade do trabalho que a nossa instituição presta à sociedade. Me apropriando do jargão “juntos somos mais fortes”, eu acrescentaria “e melhores”. Apesar das peculiaridades regionais, muito do que se faz em uma unidade do MPC pode, na maioria das vezes, ser aproveitado pelas demais, o que implicará, como dito acima, em potencialização dos nossos resultados e no fortalecimento institucional como um todo.

Fonte: https://ampcon.org.br/comunicacao/noticias/847-inteligencia-e-estruturacao-desafios-do-mpc-para-2022