Na tarde da última quarta-feira (27), o procurador Ruy Marcelo Alencar de Mendonça, do Ministério Público de Contas do Amazonas (MPC-AM), esteve presente na Reunião Climática da Amazônia, promovida pelo CENSIPAM.
Com a finalidade de discutir as previsões meteorológicas dos próximos três meses, a reunião contou com a participação de especialistas e autoridades estaduais e municipais, em virtude da atual estiagem que ainda afeta a região amazônica.
No encontro, foram discutidos os riscos climáticos tendo em vista as tendências de calor, precipitação e chuvas na Amazônia de modo a embasar estratégias para mitigar os impactos de possíveis desastres naturais, reforçando a necessidade de ações integradas entre diferentes esferas de governo. A reunião também destacou a importância de medidas de adaptação para enfrentar os desafios impostos pela crise climática na Amazônia, um dos biomas mais sensíveis e estratégicos do planeta.
O MP de Contas ressaltou o compromisso de monitorar a atuação dos gestores estaduais e municipais, para atuação junto ao TCE/AM, por meio da Coordenadoria de Meio Ambiente, garantindo que as políticas climáticas sejam efetivas e que a população esteja protegida dos impactos impostos pela estiagem que afeta todo Estado do Amazonas.
Na ocasião, o procurador Ruy Marcelo pleiteou aos especialistas do CENSIPAM que verifiquem a possibilidade de adicionar ao trabalho o monitoramento do fluxo das correntes dos ventos e a capacidade de dispersão de poluentes responsáveis pela má qualidade do ar no Estado em meio a fumaças das queimadas, que tem se mostrado de lenta dispersão durante as estiagens, com riscos à saúde pública por níveis críticos de fuligem além dos gases de efeito estufa que dificultam as chuvas e aumentam o calor e a aridez. Ruy Marcelo quer saber o grau de risco da formação de domos de calor sobre Manaus e conseguinte risco à saúde da população, lembrando que a Administração Pública ainda não providenciou o plano para episódios críticos de poluição atmosférica legalmente exigíveis em caráter emergencial nestes tempos de crise do clima.
Lendel Oliveira – Estagiário de Comunicação
