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MPC-AM ingressa com ‘Representação’ no TCE-AM para apurar a condução da campanha de vacinação contra a Covid-19 em Manaus

Na última quarta-feira (20), o MPC-AM ingressou com ‘Representação com pedido Cautelar’, junto ao TCE-AM, contra a Semsa, representada pela secretária Shadia Fraxe, o prefeito David Almeida, o secretário Marcellus Campêlo (SES) e a Fundação de Vigilância Sanitária (FVS), interinamente presidida pelo diretor-técnico Cristiano Fernandes.

Segundo o procurador de Contas Ruy Marcelo Alencar de Mendonça, o objetivo é apurar e definir a responsabilidade por episódios aparentes de possível ofensa aos princípios da Publicidade, da Moralidade e da Impessoalidade Administrativas, na condução executiva da campanha de vacinação contra a Covid-19 em Manaus.

Na ‘Representação, o procurador de Contas ressalta que “o início da vacinação, em Manaus, não foi antecedida da imprescindível divulgação de plano atualizado, que contemplasse a especificação transparente e acessível dos critérios isonômicos, dos procedimentos assecuratórios do conhecimento prévio das prioridades, quantitativos, locais e períodos da campanha neste primeiro momento”. Salienta, ainda, “que informações essas, fundamentais, em razão da limitação das doses recebidas e a insuficiência até mesmo para vacinar todo o universo de profissionais de saúde”.

Para Ruy Marcelo, “o primeiro dia de vacinação transcorreu em contexto de obscuridade e desinformação”. Dessa forma, foi amplamente divulgado nas mídias sociais, denúncias sobre pessoas furando fila de prioridades, em detrimento à vacinação dos servidores de saúde expostos a riscos, por estarem trabalhando na linha de frente no enfrentamento a Covid-19.

Na ocasião, o procurador de Contas citou o caso envolvendo as jovens Gabrielle Kirk Maddy Lins e Isabelle Kirk Maddy Lins, ambas recém-formadas em medicina. Segundo ele, as médicas “exibiram o ato de sua vacinação por imagens divulgadas publicamente em suas redes sociais no primeiro dia de vacinação, 19 de janeiro. “A plausibilidade da suspeita de ato de beneficiamento pessoal para garantir vacinação precoce decorre da circunstância comprovada de nomeação de véspera, por decretos de 18 e de 19 de janeiro e 2021, para ocupar cargo em comissão, a priori não compatíveis com a condição de profissional prioritário posicionado no atendimento direto a doentes covid-19”, argumentou.

Diante do ocorrido, o prefeito David Almeida, publicamente, se manifestou não ter havido quebra de impessoalidade. Ainda, que a Semsa iria publicar portaria “vedando o registro e divulgação por imagens do ato de vacinação, devendo todos os servidores silenciar”. Fato que vem causando indignação social nas últimas horas, ressalta Ruy Marcelo.

Em razão dos fatos dos últimos dias, os Ministérios Públicos e Defensorias recomendaram “para preconizar a observância da prioridade em favor dos profissionais de saúde mais vulneráveis e expostos a riscos nas unidades de referência onde se expõem a pacientes graves com síndrome de insuficiência respiratória. Porém, de acordo com a Representação, “até o momento não houve resposta nem transparência satisfatórias, pelas autoridades municipais e estaduais, sem garantias da justa priorização, da impessoalidade e da publicidade administrativas”.

Além da admissão emergencial da ‘Representação’, o MPC-AM pede ao TCE-AM a concessão liminar de MEDIDA CAUTELAR, “no sentido de determinar a suspensão de qualquer sigilo e de falta de controle e critério isonômico no processo de vacinação, com determinação antecipatória de ampla publicidade da programação, grupos beneficiários, atos de vacinação, assim como garantia de prioridade e maior fração de doses em favor dos profissionais de saúde que atuam expondo-se a maior risco de contrair a forma grave da doença no âmbito dos hospitais estaduais em Manaus referenciados para o tratamento de pacientes covid-19, sem prejuízo de parcela para UBS referenciadas”.

O MPC-AM pediu, ainda, instrução regular e oficial da Representação, mediante apuração oficial e técnica pela DICOP-TCE-AM, dos episódios apresentados, tanto sobre a falta de impessoalidade bem como a de publicidade.

Texto: Miguel de Oliveira

Confira a Representação aqui

 

MPC-AM publica novo ‘Ranking de Transparência’ nos órgãos públicos do Amazonas

O MPC-AM, através da Coordenadoria de ‘Transparência, Acesso à Informação e Controle Interno’, publicou na manhã desta quarta-feira (2) novo ‘Ranking de Transparência’ nos órgãos do Governo do Estado, prefeituras e câmaras de vereadores do Amazonas, diagnosticando a eficiência de seus controles internos.

O Controle Interno é uma exigência da Constituição Brasileira, prevista especialmente nos artigos 70 e 74. Essa é uma forma de auxiliar o gestor na execução de sua administração, evitando que problemas aconteçam.
Quando da pesquisa, junto aos órgãos, entre os primeiros questionamentos, o MPC-AM perguntou se esses possuíam único sítio oficial e/ou portal da transparência próprio ou compartilhado na internet e se o site contém ferramenta de pesquisa de conteúdo que permita o acesso à informação.

O objetivo do Ministério Público foi conhecer profundamente a administração pública, para saber se as ações dos gestores estão sendo conduzidas de forma legal. Assim, indagou sobre a receita e despesa, licitações, relatório de gestão fiscal, serviço de informações ao cidadão, relatórios referentes à transparência da gestão fiscal, entre outros.
Os órgãos foram classificados em quatro níveis: crítico, deficiente, mediano e elevado. Das 62 prefeituras amazonenses, 21 estão apontadas como ‘críticas’ em seu controle interno, entre essas as de Maraã, Itapiranga, Silves, Boca do Acre e Lábrea, com índice de transparência do sítio/portal analisado de 0,96%. Fato não diferente às câmaras de vereadores, onde 33 estão diagnosticadas nesse patamar.

O Ranking de Transparência também pesquisou outros órgãos, onde o Ministério Público do Estado do Amazonas (MP-AM) aparece como única instituição com 92,95%, seguido pelo Governo (91,83%) e a Defensoria Púbica (88,01%). Também o TJ-AM e o TCE-AM, classificados com 86,46% e 84,80, respectivamente. A Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) se manteve em nível ‘deficiente’, com índice de 46,01%.

Segundo procuradora de Contas Evelyn Freire de Carvalho, titular da Coordenadoria de ‘Transparência, Acesso à Informação e Controle Interno’, percebe-se que os poderes têm procurado atender as solicitações normativas, no tocante a transparência. “A gente observa que no passado esse cuidado dos órgãos era menor. Acredito que em função do trabalho do MPC-AM, do fato do ranqueamento ser periódico, levou os órgãos a se sensibilizarem um pouco mais em relação a essa situação. Continua a Assembleia numa situação bem delicada, já houve inclusive uma Representação recente sendo julgada procedente pelo TCE-AM, onde foi determinado que houvesse atualização e regularização do Portal, mas a Aleam ainda não adotou as providências. É o caso de implicar de uma forma negativa na prestação de contas da Assembleia, considerando que agora é só o que falta fazer”, alertou.


Maiores detalhes estão disponíveis no site http://mpc.am.gov.br/ranking

‘Lavagem de Dinheiro e Criptoativos’ é tema na Webconferência

Na manhã desta terça-feira, a Escola de Contas do TCE-AM, coordenada pela conselheira Yara Lins dos Santos, deu prosseguimento ao segundo dia da ‘I Webconferência Institucional entre Ministérios Públicos e Procuradorias’, transmitida ao vivo pelas redes sociais da Corte de Contas.

Sob a condução do procurador-geral do MPC-AM, João Barroso de Souza, o evento iniciou com a exposição do procurador do Ministério Público Federal no Amazonas, Thiago Augusto Bueno, abordando a ‘Lavagem de Dinheiro e Criptoativos’.

Na sequência, o procurador-chefe do Ministério Público do Trabalho – 1ª Região -, Jorsinei Dourado do Nascimento, como presidente da Mesa, convidou representantes do MPT para apresentação do 4º painel do evento, com os temas ‘O MPT na Pandemia do Cononavirus e no Combate ao Trabalho Infantil’ e o ‘Trabalho Escravo e Trabalho do Imigrante Venezuelano do Estado do Amazonas’.

O procurador-geral João Barroso encerrou o evento agradecendo a participação dos expectadores, servidores e autoridades palestrantes, convidando-os para a programação do terceiro dia da Webconferência, que vai acontecer amanhã (2), a partir das 9h. Entre os temas estão ‘Cooperação Interinstitucional para Defesa do Meio Ambiente’, o ‘Credenciamento como Combate ao Oligopólio no Contratos na Área da Saúde’, a ‘Desjudicialização como Instrumento de Solução de Conflitos com a Administração Pública’ e ‘A Arrecadação do Bem Vago como Instrumento Urbanístico Eficaz na Proteção do Patrimônio Cultural’.

Temas de interesse social são abordados por procuradores do MPC-AM, na 1ª ‘Webconferência: Ministérios Públicos e Procuradorias’

Na manhã desta segunda-feira (30), a Escola de Contas Públicas do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) deu início ao primeiro dia da ‘Webconferência: Ministérios Públicos e Procuradorias’. A abertura oficial do evento foi feita pelo conselheiro-presidente Mario de Mello e pela coordenadora da Escola de Contas, conselheira Yara Lins dos Santos.

Na ocasião, o procurador-geral João Barroso de Souza, presidente da Mesa, falou sobre a atuação do MPC no Amazonas, através de suas Coordenadorias. Em seguida, a subprocuradora-geral Elissandra Monteiro Freire Álvares, abordou sobre o tema ‘O Controle Externo e a Tributação e a Renúncia de Receitas’.

Dando sequência à programação do evento, o titular da Coordenadoria de Meio Ambiente do MPC-AM, procurador de Contas Ruy Marcelo Alencar de Mendonça, discorreu sobre a ‘Emergência Climática, o Desmatamento na Amazônia e o MP de Contas’.

Evento 100% virtual, transmitido ao vivo pelas redes sociais do TCE-AM, contou também com a exposição da coordenadora de ‘Transparência, Acesso à Informação e Controle Interno’ do MPC-AM, procuradora de Contas Evelyn Freie de Carvalho, abordando ‘A Transparência na Visão da MPC’.

A programação segue até o dia 02/12. Entre os temas abordados estão ‘Logística Reversa, Reciclagem e Otimização dos Gastos Públicos para a Realização da Coleta de Lixo e Seletiva’, pelo procurador da República Leonardo de Faria Galiano. Também, o ‘Trabalho Escravo e Trabalho do Imigrante Venezuelano no Estado do Amazonas’, a ser abordado pelo procurador do Trabalho Marcos Gomes Cutrim.