Na representação, assinada pelo procurador-geral de contas, Carlos Alberto Souza de Almeida, e pelos procuradores Ruy Marcelo Alencar de Mendonça e Roberto Krichanã da Silva, o MPC pede, ainda, que o TCE-AM faça uma inspeção na sede da Susam
A Coordenadoria de Meio Ambiente e Saúde e a 1ª Procuradoria do Ministério Público de Contas (MPC) ingressaram com uma representação no Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) para que o tribunal instaure uma tomada de contas especial nos contratos firmados pela Secretaria de Estado da Saúde (Susam) com a Sociedade de Humanização e Desenvolvimento de Serviços de Saúde Novos Caminhos – Instituto Novos Caminhos (INC), alvo da operação “Maus Caminhos”, em trâmite na Justiça Federal.
Na representação, assinada pelo procurador-geral de contas, Carlos Alberto Souza de Almeida, e pelos procuradores Ruy Marcelo Alencar de Mendonça e Roberto Krichanã da Silva, o MPC pede, ainda, que o TCE-AM faça uma inspeção na sede da Susam, nas unidades de saúde geridas pelo INC e na sede das empresas envolvidas para liquidar o dano aos cofres públicos, estimado em R$ 34,2 milhões.
Segundo o procurador-geral do MPC, Carlos Alberto Souza de Almeida, não há notícia de que a Susam tenha instaurado qualquer procedimento de tomada de contas mesmo após denúncias envolvendo as referidas empresas.
“Não há notícia de que a Secretaria de Saúde tenha instaurado procedimentos para averiguar o dano ao erário, mesmo após o oferecimento da denúncia criminal e o término do inquérito policial federal, razão pela qual, se deve apurar ainda a responsabilidade por omissão de providências de autotutela administrativa, que independem do fim da instância criminal”, disse.
O procurador de contas Ruy Marcelo Alencar de Mendonça, a partir da cópia do inquérito policial e da denúncia criminal consequentes da Operação “Maus Caminhos”, repassados pelo Ministério Público Federal (MPF) ao MPC, concluiu-se que o Instituto Novos Caminhos era gerido por uma organização criminosa.
“Está organização era voltada a dilapidar os recursos públicos recebidos, com estratégias muito bem articuladas, que iam desde a seleção de pessoal direcionada, até o conluio com os fornecedores”, disse o procurador Ruy Marcelo Alencar de Mendonça.
De acordo com o procurador de contas Roberto Krichanã da Silva, a CGU participou da investigação e concluiu pela existência de danos ao erário por serviços não prestados (superfaturamento) e por preços superestimados (sobrepreços) nas contratações de serviços pelo Instituto.
Assessoria de comunicação do MPC-AM.