Destaque

MPC emite parecer pela aprovação das contas do Executivo municipal com ressalvas e recomendações

No parecer emitido pelo MPC-AM, a procuradora de contas Elizângela  Lima Costa Marinho fez quatro ressalvas e 16 recomendações nas contas apresentadas pelo Executivo municipal

O Ministério Público de Contas do Amazonas (MPC-AM) emitiu parecer pela aprovação das contas do Executivo municipal de Manaus, referente ao exercício financeiro de 2015, com ressalvas e recomendações. O parecer foi seguido, na íntegra, pelo relator do processo no Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM), conselheiro Érico Desterro, nesta terça-feira (13/12), quando o TCE-AM emitiu, por maioria de votos, à Câmara Municipal de Manaus (CMM), um parecer prévio pela aprovação das contas da Prefeitura de Manaus com ressalvas e recomendações. Votaram pela desaprovação das contas a vice-presidente do tribunal, conselheira Yara Lins, e o conselheiro Júlio Cabral.

No parecer emitido pelo MPC-AM, a procuradora de contas Elizângela  Lima Costa Marinho fez quatro ressalvas e 16 recomendações nas contas apresentadas pelo Executivo municipal. Dentre as ressalvas, está a criação de um órgão autônomo e independente de controle interno tendo em vista que, atualmente, o controle interno é exercido pela Subsecretaria de Controle Interno (SUBCI), órgão integrante da estrutura organizacional da Secretaria Municipal de Finanças e Tecnologia da Informação e Controle Interno (Semef). 

“Embora atenda aos aspectos formais, o atual sistema (de controle interno) contraria as normas de auditoria e o Princípio da Segregação de Atribuições. O órgão precisa ser autônomo, independente e subordinado diretamente ao prefeito”, disse a procuradora. 

As demais ressalvas foram quanto à ausência de providência efetiva quanto às recomendações emitidas no parecer prévio emitido nas contas do Executivo municipal referente ao exercício financeiro de 2014; incompatibilidade nos registros contábeis na conta de bens móveis apresentados no balanço patrimonial, configurando a “falta de cuidado com a coisa pública e descrédito dos controles analíticos e sintéticos dos bens públicos e dos registros contábeis”; além de deficiências do Portal de Transparência da Prefeitura de Manaus, em descumprimento da Lei da Transparência (Lei Complementar 131/09). 

Entre as recomendações estão: que a Prefeitura de Manaus mantenha atualizado o Portal de Transparência do Executivo que deve ser compatível com os registros contábeis, mostrando, inclusive, concomitantemente o resultado e as metas aferidas na execução bimestral e quadrimestral das receitas e despesas públicas; e que a prefeitura realize concurso público para formar quadros permanentes de pessoal administrativo e técnico.

Segundo a procuradora de contas, em 11 órgãos municipais, o número de servidores no Regime de Direito Administrativo (RDA), os temporários, é em quantidade majoritária com relação aos efetivos. “O número de servidores RDAs passou de 7.725, em 2014, para 9.045, em 2015, ou seja, uma diferença positiva de 1.320 contratações temporárias, equivalente ao incremento de 17,09%. Nota-se que é expressivo o número de servidores precários, pois de um total de 32.535 servidores, 9.045 são RDAs, representando um percentual de 27,80% da força ativa”, informou a procuradora de contas Elizângela Lima Costa Marinho. 

Ela recomendou que a Prefeitura busque uma solução para dissolução dos “contratos temporários prorrogados ilegalmente”. “Faz-se necessária a imposição de concurso público para a formação de quadros permanentes de pessoal administrativo e técnico, em especial nos órgãos e entidades onde a contratação temporária está sendo utilizada indevidamente, em que as atividades desempenhadas são permanentes e de trato sucessivo, típicas do cargo público efetivo, e ainda, a solução para a dissolução dos contratos temporários prorrogados ilegalmente”, afirmou a procuradora de contas. 

O secretário municipal de Finanças, Ulisses Tapajós, acompanhando a análise das contas e afirmou que Prefeitura de Manaus tem investido em um projeto para dotar o Portal da Transparência com informações em tempo real e trabalha para a realização de um concurso público para, entre outros, criar um órgão autônomo de controle interno. “Recebemos tudo o que foi sugerido com muita humildade e com muita vontade de fazer todas as regularizações”, disse. 

Acesse o Parecer 6.803/16 das contas da Prefeitura de Manaus (2015)

Acesse o voto e o relatório (Divulgados pelo TCE-AM).

Assessoria de comunicação do MPC-AM.

Rede de Controle realiza encontro com a sociedade no TCE, nesta quarta

Esta é a quarta vez que o TCE-AM, como integrante e colaborador da Rede de Controle, sedia um encontro com os órgãos da rede

Com a presença de segmentos da sociedade civil organizada e em alusão ao Dia Internacional Contra a Corrupção, celebrado na sexta-feira (9/12), o Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM) sedia, nesta quarta (7), às 9h, no auditório, um grande encontro dos órgãos que integram a Rede de Controle da Gestão Pública no Amazonas com os os membros dos conselhos municipais e estaduais (saúde, educação e etc.), representantes de associações e sindicatos e cidadãos interessados na correta aplicação do dinheiro público.

Com três horas de duração, a reunião servirá para apresentar à sociedade civil organizada os diversos mecanismos e ferramentas de controle e, também, estimular a participação no processo, uma vez controle exercido pela sociedade é considerado o controle dos controles.

Além da apresentação de todos os órgãos da rede, a reunião terá palestras, em dois painéis, do procurador-chefe do Ministério Público Federal (MPF), Edmilson da Costa Barreiros Júnior, e do presidente do TCE-AM, conselheiro Ari Moutinho Júnior, que abordarão, respectivamente, sobre as “10 Medidas Contra a Corrupção – Desafios a sua aprovação e implementação” e sobre a “Transparência e Controle Social – Mecanismos para o Combate ao Desvio de Dinheiro Público”.

Conforme a programação, os representantes da sociedade civil terão oportunidade de se manifestar durante uma Tribuna Popular e fazer perguntas. Os órgãos da rede estarão com stands montados para prestar esclarecimentos, receber denúncias, críticas, sugestões e comentários.

Criada em 2015 para articular ações contra desvios e mau uso de dinheiro público, a Rede de Controle no Amazonas é composta pelo TCE-AM, MPF, Ministério Público de Contas, Procuradoria-Geral da União, Controladoria-Geral da União, Polícia Federal e Ministério Público do Estado do Amazonas, Advocacia Geral da União.  No Estado, a Rede de Controle contribuiu, por exemplo, com a realização de Operação Cauxi, desencadeada em 2015 em Iranduba, que desarticulou uma organização criminosa instalada no Executivo municipal.

Esta é a quarta vez que o TCE-AM, como integrante e colaborador da Rede de Controle, sedia um encontro com os órgãos da rede.

Assessoria de comunicação do TCE-AM.

Procuradoria Geral da República e instituições se manifestam em defesa do Ministério Público

O procurador-geral da República, Rodrigo Janot, afirmou que o Ministério Público Brasileiro não apoia o texto que restou, ao que chamou de “uma pálida sombra” das propostas que se aproximariam de boas práticas mundiais. “As 10 Medidas contra a Corrupção não existem mais”, afirmou.

Para Janot o resultado da votação do projeto das 10 Medidas Contra Corrupção no dia 30 de novembro deste ano colocou o país em marcha a ré no combate à corrupção. “O Plenário da Câmara dos Deputados desperdiçou uma chance histórica de promover um salto qualitativo no processo civilizatório da sociedade brasileira”, disse.

Acesse a nota de Rodrigo Janot, publicada no site Contas Abertas.

O coordenador da força-tarefa Lava Jato, Deltan Dallagnol, avaliou que não sobraram duas medidas inteiras daquelas que foram propostas via iniciativa popular. “Além de não avançar medidas efetivas contra a corrupção e não solucionar problemas do sistema de justiça criminal que acarretam a impunidade, a Câmara claramente retaliou contra Ministério Público e Judiciário, aprovando a Lei da Intimidação”, afirmou.

Acesse a análise feita pelo coordenador da Lava Jato sobre as 10 Medidas contra à corrupção.

O Conselho Nacional dos Procuradores-Gerais (CNPG) se reuniu, na última semana, na sede do Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) para discutir a atuação do CNPG na defesa das prerrogativas do Ministério Público frente as propostas legislativas que limitam ou enfraquecem a atuação da instituição.

Para o presidente do CNPG, o procurador-geral de Justiça do Rio Grande do Norte, Rinaldo Reis Lima, o momento é de união e ação.

“Vivemos o momento mais difícil da história do Ministério Público. E justamente porque estamos cumprindo nossa missão constitucional de combater a corrupção. Precisamos nos unir para reverter essas tentativas de apequenar e intimidar a atuação do MP”, disse Reis.

O colegiado deliberou pela publicação de uma nota pública de repúdio à votação da Câmara dos Deputados, ocorrida terça-feira (29), que desfigurou o projeto das 10 medidas contra a corrupção e incluiu emendas retaliatórias ao Ministério Público e ao Poder Judiciário.

Acesse a nota assinada pelo CNPG.

A Associação Nacional do Ministério Público de Contas(AMPCON) afirmou, em nota, que o Ministério Público de Contas não se dobrará e continuará a lutar por um Brasil que orgulhe ao seu povo, onde a decência seja a nota principal da conduta pública.

Acesse a nota publicada pela AMPCON.

Assessoria de comunicação do MPC-AM,

com informações de agências e demais assessorias.

Procuradores de contas do Amazonas fazem ato contra ataque de parlamentares à Justiça e à democracia brasileira

15326520_708947605926544_1441257347798845577_n-png

Os procuradores do Ministério Público de Contas do Amazonas (MPC-AM) realizaram, na quinta-feira (01/12), um ato contra a alteração, na Câmara dos Deputados, em Brasília, do pacote anticorrupção com a inclusão de punição para juízes e membros do Ministério Público.

Entre as mudanças aprovadas está a inclusão no texto da possibilidade de juízes e promotores responderem por crime de abuso de autoridade. O texto segue agora para votação no Senado.

No ato, os procuradores de Contas do Amazonas denominaram a ação como “ataque dos parlamentares à Justiça e à democracia brasileira”.

Acesse a nota publicada pelo CNPGC.

Assessoria de comunicação do MPC.