Destaque

MPC ingressa com representação pedindo ao TCE auditoria operacional no sistema carcerário no AM

A ação faz parte de um ato conjunto articulado pelo Conselho Nacional de Procuradores-Gerais de contas (CNPGC) com MPC´s da região Norte

 O Ministério Público de Contas do Amazonas (MPC-AM) ingressou com uma representação no Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM) pedindo que o tribunal instaure, cautelarmente, uma auditoria operacional no sistema carcerário do Amazonas.

A representação foi protocolizada nesta terça-feira (10/01) em razão da rebelião ocorrida no dia 1º de Janeiro deste ano no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj) e dos fatos referentes ao sistema prisional no Estado.

A ação faz parte de um ato conjunto articulado pelo Conselho Nacional de Procuradores-Gerais de contas (CNPGC) que, após reunião na segunda-feira (09/01), deliberou para que os Ministérios Públicos de Contas do Norte do país atuem simultaneamente junto aos Tribunais de Contas para realização de auditorias operacionais no sistema penitenciário do Estado. O objetivo é informar os principais dados relacionados ao sistema como estrutura, custos com número individualizados por unidade prisional e por presos, população carcerária nos últimos cinco anos, as características que marcam a gestão do sistema com os órgãos envolvidos (quantitativo de material humano, forma de investidura, lotação etc).

Segundo a Presidente do Conselho Nacional de Procuradores-Gerais de Contas, Cláudia Pereira, a estratégia visa a construir um ambiente totalmente voltado para a melhoria da gestão, do controle dos gastos e das receitas, que envolvem o sistema, e, de conseguinte, das políticas públicas, responsáveis por tratar a questão, inclusive, de forma preventiva e pós-repressiva.

O CNPGC também encaminhará expediente ao Tribunal de Contas da União (TCU) e à Associação dos Membros dos Tribunais de Contas (Atricon) para a realização de uma auditoria coordenada em todo o sistema prisional brasileiro, com a cooperação de todos os Tribunais de Contas do país, à semelhança de outros eventos exitosos (como recentemente no caso dos Regimes Próprios da Previdência, em que obteve a adesão de 29 Tribunais de Contas estaduais).

O Conselho sugere que seja feita uma abordagem nacional para o problema, visando, igualmente, à melhoria do sistema prisional, como um todo, e à adoção de padrões mínimos de segurança, controle e fiscalização, respeitando-se o pacto federativo constitucional. 

Os dados afinal coletados poderão ser úteis para a análise das contas de Governo, podendo subsidiar eventuais ações do Ministério Público Estadual, além de serem divulgados à sociedade e aos órgãos de controle, em geral, como, por exemplo, ao Conselho Nacional de Justiça (CNJ).

Clique aqui e acesse a Representação 01/17 na íntegra.

Assessoria de comunicação do MPC-AM,

com informações do CNPGC.

MPC recomendou providências quanto aos contratos com administradoras de presídios no AM desde 2015

Desde 2015, mais de um ano antes da rebelião realizada no domingo (1º), o Ministério Público de Contas do Amazonas (MPC-AM) vem recomendando ao governo do Estado que adote providências quanto aos contratos com as empresas responsáveis pela administração das unidades prisionais no Estado.

Confira na íntegra a Recomendação emitida em abril/2015.

Assessoria de comunicação do MPC-AM.

Procuradores de contas se reúnem com presidente do STF e CNJ, ministra Carmen Lúcia

O procurador-geral do Ministério Público de Contas do Amazonas (MPC-AM), Carlos Alberto Souza de Almeida, e o procurador de contas Ruy Marcelo Alencar de Mendonça, se reuniram, nesta quinta-feira (05/01), com a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), ministra Carmen Lúcia.

A reunião foi realizada na sede do Tribunal de Justiça do Amazonas (TJAM) e contou, ainda, com a presença do presidente do Judiciário estadual, desembargador Flávio Pascarelli Lopes, do corregedor do Ministério Público do Estado (MPE), José Roque Nunes, e do secretário de Segurança Pública do Amazonas, delegado federal Sérgio Fontes.

“Tratamos do sistema penitenciário do Amazonas e nos colocamos à disposição para colaborar com o Judiciário amazonense e federal nas questões referentes às contas públicas, contratos e o que tivermos de informações sobre o tema”, disse o procurador-geral do MPC, Carlos Alberto Souza de Almeida.

A reunião com a ministra foi realizada um dia após o MPC protocolizar no Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM) um pedido para que o Tribunal determine que o governo do Amazonas rescinda os contratos com as empresas que administram os presídios do Estado por indícios de irregularidades como superfaturamento, mau uso do dinheiro público e ineficácia da gestão.

A medida foi adotada após a rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), a maior da história do sistema prisional do Estado, que iniciou na tarde de domingo (1) e terminou após 15 horas, com 60 mortos, todos presidiários.

Na petição, assinada pelo procurador-geral de contas, Carlos Alberto Souza de Almeida, e pelo procurador de contas Ruy Marcelo Alencar de Mendonça, os membros do MPC pedem ainda que o TCE determine que, em um prazo de 30 dias, o governador do Estado, o secretário estadual de administração penitenciária, além da controladoria e procuradoria-geral, apresentem ao órgão ministerial estudos de revisão geral do regime e modelo de gestão prisional do Amazonas para “superar o quadro atual de manifesta ineficácia de gestão interna por terceirização”.

Assessoria de comunicação do MPC-AM.

MPC pede que governo rescinda contrato com administradores de presídios no Amazonas

O Ministério Público de Contas do Amazonas (MPC-AM) pediu, nesta quarta-feira (04/01) que o Tribunal de Contas do Estado (TCE) determine que o governo do Amazonas rescinda os contratos com as empresas que administram os presídios do Estado por indícios de irregularidades como superfaturamento, mau uso do dinheiro público e ineficácia da gestão.

A medida foi adotada após a rebelião no Complexo Penitenciário Anísio Jobim (Compaj), a maior da história do sistema prisional do Estado, que iniciou na tarde de domingo (1) e terminou após 15 horas, com 60 mortos, todos presidiários.

Na petição, assinada pelo procurador-geral de contas, Carlos Alberto Souza de Almeida, e pelo procurador de contas Ruy Marcelo Alencar de Mendonça, os membros do MPC pedem ainda que o TCE determine que, em um prazo de 30 dias, o governador do Estado, o secretário estadual de administração penitenciária, além da controladoria e procuradoria-geral, apresentem ao órgão ministerial estudos de revisão geral do regime e modelo de gestão prisional do Amazonas para “superar o quadro atual de manifesta ineficácia de gestão interna por terceirização”.

De acordo com levantamento do MPC, em 2015, a empresa Umanizzare Gestão Prisional  e Serviços Ltda. recebeu mais de R$ 198 milhões do governo do Amazonas. Segundo dados disponibilizados no Portal da Transparência, a empresa é responsável pela gestão da Unidade Prisional do Puraquequara, do Instituto Penal Antônio Trindade (Ipat), pelo Centro de Detenção Provisória Feminino de Manaus (CDPM), pelo Compaj e pela Unidade Prisional de Itacoatiara. Além da Umanizzare, também foram destinados mais de R$ 3,6 milhões para a Multi Serviços Administrativos Ltda. responsável pela gestão da penitenciária feminina de Manaus.

“Há indícios de que o preço pago por esses contratos aqui no Amazonas seja um dos mais elevados do País”, afirmam os procuradores de contas, no documento.

Em medida cautelar contra o secretário de administração penitenciária, o MPC pediu ainda que sejam suspensos todos os processos de renovação dos contratos com as empresas responsáveis pela gestão das unidades prisionais no Amazonas até que a apuração seja concluída. As empresas devem ser notificadas para que não paralisem os serviços até que todas as providências sejam adotadas pelo poder público.

Clique aqui e acesse a Petição na íntegra*

*Errata do CNPJ da empresa Umanizzare Gestão Prisional  e Serviços Ltda:

O nº de CNPJ da referida empresa é 14.261.892/001-99

Assessoria de comunicação do MPC-AM