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MPC recomenda que IPAAM cobre de termelétricas o pagamento por carbono emitido

A Coordenadoria de Meio Ambiente do Ministério Público de Contas do Amazonas (MPC-AM) emitiu, no início desta semana, a Recomendação 28/2023, ao Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM), para que a autarquia passe a exigir, no licenciamento de termelétricas a combustíveis fósseis e de outros grandes emissores, o componente de estudo de impacto climático, com inventário das emissões de gases de efeito estufa (GEE) e as respetivas medidas de mitigação e de compensação financeira pelos impactos sinérgicos e cumulativos dessas emissões na poluição atmosférica causadora da crise de aquecimento global e mudanças climáticas.

De autoria do procurador de Contas Ruy Marcelo Alencar de Mendonça, a Recomendação contém farta fundamentação jurídica e científica, quanto à legitimidade da cobrança, tendo por amparo os princípios constitucionais da sustentabilidade, da prevenção, da avaliação de impactos, do poluidor-pagador e da máxima proteção ambiental, em vista do cenário atual das mudanças climáticas que ameaçam o meio ambiente equilibrado e a sadia qualidade de vida das presentes e futuras gerações na Amazônia e no Continente.

A falta de pagamento tem implicado prejuízo milionário ao erário em razão da socialização das despesas com resposta a desastres e eventos climáticos extremos, externalidades negativas do setor energético que precisam ser incorporadas aos custos do empreendedor, na forma da política nacional de mudanças do clima, segundo explica Ruy Marcelo.

O procurador de contas cita, ainda, que desde 2010, nesse sentido, o IBAMA adota a instrução normativa IN 12, de 23 de novembro de 2010.

A Recomendação solicita que o IPAAM, a partir de estudos, expeça portaria normativa que padronize os procedimentos, requisitos gerais e critérios para exigir dos empreendimentos de usinas termelétricas movidas a combustíveis fósseis e unidades de processamento de gás, dentre outros, o componente do inventário de GEE e medidas de mitigação e compensatórias; bem como pra que reveja os licenciamentos em vigor.

Segundo estimativa da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), cada tonelada de carbono custa € 60, ou R$ 324 (considerando cotação do euro comercial a R$ 5,40).
Somente em 2020, a usina termelétrica Mauá 3, em Manaus, teria produzido 1,6 milhões de toneladas de CO2e conforme levantamento divulgado pelo Instituto de Energia e Meio Ambiente.

MPC cobra fortalecimento do combate às queimadas

Reprodução: Carl de Souza

 

Na última sexta-feira (8), o Ministério Público de Contas do Amazonas (MPC-AM), por meio do procurador de Contas Ruy Marcelo Alencar de Mendonça, responsável pela Coordenadoria de Meio Ambiente, expediu o Ofício 393/2023 às autoridades do Estado acerca das queimadas no Amazonas.

O pedido se baseia na análise das imagens de satélites de referência do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que indicam o aumento significativo de focos de incêndio e queimadas na região metropolitana de Manaus e no sul do Amazonas. O que coloca o estado em primeiro lugar no ranking nacional do INPE, com mais de três mil e cem focos apenas nos primeiros dias do mês de setembro.

Segundo Ruy Marcelo, o índice demonstra o baixo desempenho das operações da Administração Estadual e da necessidade de reforços dos contingentes, pois o número de autuações é bem inferior ao quantitativo de focos e não consegue efeito dissuasório para refrear os ilícitos. Vale ressaltar que por meio de inúmeros acórdãos, a atuação no combate às queimadas tem sido realizada durante anos pelo Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM), determinando que os municípios e o Estado atuem com maior rigor diante da crítica questão ambiental, principalmente em relação às queimadas de larga escala promovidas por organizações criminosas.

O ofício do MP de Contas solicita informações à Secretaria de Estado de Segurança Pública (SSP), ao Corpo de Bombeiros do Amazonas, à Secretaria de Estado do Meio Ambiente (SEMA), ao Instituto de Proteção Ambiental do Amazonas (IPAAM) e ao Secretário Chefe da Casa Civil sobre as providências tomadas para combater as queimadas.

Lendel Oliveira e Fernando Lopes – Estagiários de Comunicação

A partir de Representação do MPC-AM, PGR aciona STF questionando leis ambientais do Amazonas

Reprodução: Globo

 

Na última quarta-feira (30) de agosto, o Procurador-Geral da República, Augusto Aras, propôs a Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) 7.445 ao Supremo Tribunal Federal (STF), com pedido de liminar contra leis do Amazonas, que regulamenta a concessão de licenças ambientais.

“São impugnados dispositivos das leis 5.798/2022, 5.752/2021, 5.662/2021 e 3.785/2012. A violação é por aparente incompatibilidade com os artigos 24 e 225 da Constituição Brasileira”, esclarece Ruy Marcelo.

Para o PGR, certos dispositivos da lei invadem a competência da União para editar normas gerais de proteção e responsabilidade por danos ao meio ambiente.

Com essa ação, Aras reivindica que o STF conceda liminar para suspender dispositivos da Lei 3.785/2012 do Amazonas que desonra a Constituição, uma vez que altera o regime jurídico de proteção ao meio ambiente, com ameaças de causar prejuízos irreparáveis na região.

Lendel Oliveira – Estagiário de Comunicação

Procuradora-Geral participa de reunião para tratar sobre parceria em evento alusivo ao Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência

Fernanda Cantanhede, Luiz Santana e membros da SEJUSC

 

Na última quinta-feira (31), a Procuradora-Geral do Ministério Público de Contas do Amazonas (MPC-AM), Fernanda Cantanhede Veiga Mendonça, esteve na Secretaria de Estado de Justiça, Direitos Humanos e Cidadania (SEJUSC), juntamente com o servidor da procuradoria-geral, Luiz Batista, para firmar parceria na realização de evento alusivo ao Dia Nacional da Luta da Pessoa com Deficiência.

Comemorado no dia 21 de setembro, a referida data tem o objetivo de conscientizar a sociedade sobre a importância do desenvolvimento de meios de inclusão de pessoas com deficiência.

No encontro, a Procuradora-Geral de Contas se reuniu com a Secretária Jussara Pedrosa e o Secretário Adjunto Adriano Reis para tratar de temas atinentes ao evento.

Lendel Oliveira – Estagiário de Comunicação