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Coordenadoria do Ministério Público de Contas recomenda que Semed se abstenha de renovar contratos com empresa RCA

06A Coordenadoria de Educação do Ministério Público de Contas (MPC-AM) em conjunto com a 59ª Promotoria de Justiça de Defesa dos Direitos Humanos à Educação do Ministério Público do Estado (MPE-AM) recomendaram à Secretaria Municipal de Educação (Semed) que não renove os contratos com a empresa RCA Conservação e Limpeza, Construções e Comércio de Fardamentos Ltda.

De acordo com dados disponibilizados no Portal da Transparência, a empresa foi contratada em 2015 e até fevereiro de 2017 recebeu cerca de R$ 61,2 milhões para, entre outros, contratação de pessoal para prestação de serviços na rede municipal de Ensino, em Manaus.

Na recomendação, assinada pela procuradora de contas Evelyn Freire de Carvalho e pela promotora Delísa Olívia Vieiralves Ferreira, o MPC e o MPC recomendaram, ainda, que a RCA Conservação e Limpeza, Construções e Comércio de Fardamentos Ltda “seja proibida de contratar com o Poder Público Municipal ou receber benefícios ou incentivos fiscais ou creditícios, direta ou indiretamente, ainda que por intermédio de pessoa jurídica da qual seja sócio majoritário, pelo período de três anos”.

“Recomendamos que a Secretaria se abstenha de renovar o contrato com a referida empresa e que seja realizado um novo certame licitatório tão logo os termos de contratos com a RCA sejam finalizados e sem quaisquer prejuízos à continuidade da prestação dos referidos serviços essenciais às escolas municipais”, disse a procuradora de contas Evelyn Freire de Carvalho.

Os órgãos ministeriais recomendaram, ainda, que a Semed remeta ao MPC e ao MPE todos os documentos referentes ao novo processo licitatório para acompanhamento concomitante.

“Também há uma recomendação para que a Secretaria divida os objetos em lotes para oportunizar a participação de um maior número de empresas diferentes na disputa e a escolha, de fato, da proposta mais vantajosa para a Administração”, disse a procuradora do MPC-AM.

A Semed tem 30 dias para encaminhar uma resposta escrita e fundamentada ao MPC e ao MPE sobre as providências adotadas com relação aos contratos firmados com a RCA Conservação e Limpeza, Construções e Comércio de Fardamentos Ltda.

Leia a Recomendação na íntegra

Assessoria de comunicação do MPC-AM.

Site do Ministério Público de Contas passa a ter domínio próprio

 O Ministério Público de Contas do Amazonas atua junto ao Tribunal de Contas do mesmo Estado. Assim como o Ministério Público do Trabalho atua junto à Justiça Trabalhista, o Ministério Público Militar, junto à Justiça Militar, o MPF, junto à Justiça Federal, o MPC atua junto aos tribunais de contas, mas não faz parte da estrutura orgânica dos TC’s.

Em alguns estados brasileiros o MPC já conseguiu atuação independente do Tribunal de Contas, com lei orgânica própria, criação dos próprios cargos, servidores pagos com sua própria dotação orçamentária, além de identidade visual, com sedes e símbolos próprios.

Há uma Proposta de Emenda Constitucional que trata da mudança de critérios de escolha dos conselheiros de contas e que também cuida da autonomia orçamentária do MPC e sua vinculação disciplinar ao Conselho Nacional do Ministério Público. Outra PEC, mais recente, também trata do mesmo tema relativo aos conselheiros, no entanto, deixa o MPC ao limbo, com tudo como está, sem legislação própria, sem autonomia financeira e sem controle disciplinar externo.

Tenho falado a ‘ouvidos moucos’ que é mais fácil tirar da inércia um vagão que fazer isso com um comboio, ou seja, o MPC deve lutar por sua autonomia, sem se envolver nas PECs que cuidam de critérios de escolha de conselheiros.

No Amazonas, temos dez procuradorias de contas, a procuradoria-geral e outras nove, cada uma titularizada por um procurador, nomeado pelo governador após a aprovação em concurso público de provas e títulos. O vitaliciamento ocorre após dois anos de período probatório.

O procurador-geral é escolhido pelo governador, dentre os membros de carreira do Ministério Público de Contas, para um mandato de dois anos, permitida apenas uma recondução. Esse agente cuida da gestão administrativa do órgão, sem qualquer interferência nas manifestações processuais dos demais procuradores que atuam segundo o livre convencimento na defesa da ordem jurídica.

Junto às seis Procuradorias atuam Coordenadorias vinculadas aos temas da saúde e meio ambiente, da educação, de pessoal, de renúncia de receitas, de transparência e controle interno, de obras públicas.

A Lei Orgânica do Tribunal de Contas, que também disciplina a atuação do MPC, confere a este a atribuição de zelar pelo cumprimento das decisões do Tribunal. Ainda este ano o MPC – após exaustivo estudo – enviou ao Presidente do TCE uma exposição de motivos propondo mudança legislativa, no sentido de ser criado no âmbito do tribunal um órgão devidamente estruturado para cumprir de melhor maneira essa missão, como ocorre alhures, tendo por bom exemplo o Estado do Paraná.

A distribuição processual é feita diariamente, como preceitua a Constituição da República, somente ficando processos em cartório em razão de finais de semana e feriados. Nossa distribuição é automática (feita eletronicamente), realizada segundo o critério do promotor natural, nas unidades vinculadas a cada dois anos por sorteio e, aleatória nos demais casos, sempre observado – por via informatizada – o equilíbrio da quantidade de trabalho entre as procuradorias.

Na distribuição do trabalho entre as procuradorias, há conversão automática das manifestações ministeriais e demais ações dos procuradores em homem versus hora, ou seja, o tempo necessário para a realização daquele trabalho e desta forma, tomada de depoimentos, inspeções, recursos, representações e recomendações são compensados, para fins de uma distribuição equitativa do trabalho.

As procuradorias de contas têm logística adequada, cada uma delas com três servidores (analistas e assessores) e, pelo menos, dois estagiários, além de maquinário e móveis. Há um acordo tácito de pelo menos duas viagens para fins exclusivos de treinamento, atualização, congressos e encontros aos procuradores de contas. O Procurador-Geral dispõe de um carro oficial.

A estrutura cartorial do MPC-AM é concentrada na Diretoria do Ministério Público (DIMP), que é chefiada por servidor comissionado, órgão responsável pelo recebimento e distribuição processual e também pela gestão de pessoal do MPC.

O MPC tem atuação contínua, mesmo nos recessos, por meio de procuradores plantonistas. Também há um rodízio dentre os procuradores para se fazerem presentes nas sessões de julgamentos das duas Câmaras do Tribunal, porque perante o Tribunal Pleno se faz presente o Procurador-Geral.

O MPC e mesmo o próprio Tribunal de Contas ainda são desconhecidos por grande parte da população. Há agentes públicos que desconhecem a função de tais órgãos de controle. Alguns fazem uma leitura obtusa do texto constitucional e creem que o Tribunal de Contas é órgão subalterno da Assembleia Legislativa. Da mesma forma que há agentes que entendem – erroneamente – que o Ministério Público de Contas é órgão subalterno ao Tribunal.

Em busca de mostrar à população a existência e o papel do MPC, temos no espaço virtual perfis no Facebook, no Instagram, no WhatsApp (98833-0667) e nosso portal oficial. Todas essas ferramentas foram criadas com arrimo legal, através de Portarias emitidas e publicadas pelo Procurador-Geral de Contas.

Hoje, o Ministério Público de Contas do Amazonas dá mais um significativo passo na afirmação de sua identidade visual, passando a ter DOMÍNIO PRÓPRIO de seu sítio na internet, materializando o que dispõe a Portaria que o cria e regulamenta.

Carlos Alberto Souza de Almeida

Procurador-Geral de Contas do MPC-AM

 

Procurador-Geral se reúne com integrantes da Comissão de Exame das Contas do Executivo Estadual (Comgov)

O procurador-geral do Ministério Público de Contas (MPC-AM), Carlos Alberto Souza de Almeida, se reuniu, nesta quarta-feira (21/06), com os integrantes da Comissão de exame geral das contas do Governo do Amazonas (Comgov) referente ao exercício financeiro de 2017.

A reunião teve como objetivo estreitar o trabalho realizado pela Comissão com o executado pelo MPC na análise das contas do Executivo Estadual. “O MPC já vem analisando a execução orçamentária concomitantemente ao exercício financeiro para formular um parecer técnico, mas com uma linguagem clara e acessível à população”, disse o procurador-geral do Órgão Ministerial que, neste ano, é o oficiante nas contas do Governo do Amazonas.

Participaram da reunião os analistas Jorge Lobo, José Augusto Melo e Michele Apolônia, além da analista Talita Hermógenes Fernandes.

O procurador propôs a realização de uma nova reunião, em data a ser acordada, com a presença do relator das contas do Executivo Estadual, conselheiro Júlio Pinheiro, os membros da Comgov e representantes do Governo do Amazonas.

Assessoria de comunicação do MPC-AM.

Coordenadoria de Saúde e Meio Ambiente do MPC realiza audiência para discutir condições de trabalho de catadores de resíduos sólidos, em Manaus

A Coordenadoria de Saúde e Meio Ambiente do Ministério Público de Contas (MPC-AM) realizou, nesta terça-feira (20), uma audiência para mediar o impasse entre catadores de resíduos sólidos e a Secretaria Municipal de Limpeza Pública (Semulsp).

Participaram da reunião o procurador de contas Ruy Marcelo Alencar de Mendonça, a procuradora do Ministério Público do Trabalho (MPT), Alzira Costa, o defensor público Carlos Almeida Filho, representantes do movimento nacional de associações de Catadores de Resíduos Sólidos e da Semulsp.

De acordo com o procurador do MPC, foram discutidas a precariedade das condições de trabalho e a falta de uma política pública mais efetiva de incentivo das atividades de coleta seletiva, em Manaus.

“Promovemos o diálogo entre as partes envolvidas e vamos encaminhar estudo que poderá vir a ser elaborado com apoio também do Departamento de Auditoria Ambiental do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM), do conselheiro Júlio Pinheiro e do relator das contas da Semulsp, auditor Mário Moraes Costa Filho, tudo de modo a se buscar uma solução efetiva aos problemas apresentados pelos catadores de resíduos sólidos”, disse o procurador Ruy Marcelo Alencar de Mendonça.

Uma nova reunião deve ser realizada no dia 18 de julho, na sede do MPC-AM, para apresentação de estudos e alternativas de curto prazo para minimizar os problemas enfrentados e encaminhar a concepção e implantação de  política pública que embase coleta seletiva e catadores nos Planos Metropolitanos e Municipal de Gerenciamento de Resíduos Públicos.

Recomendação

No início deste mês, a Coordenadoria de Saúde e Meio Ambiente do MPC-AM recomendou a todos os prefeitos dos municípios do interior do Estado que adotem providências necessárias para eliminar o lixão existente nas cidades em caráter prioritário, por ser essencial à concretização do direito fundamental a saúde e qualidade mínima do meio ambiente.

Na recomendação, o MPC pediu, ainda, que as prefeituras façam cessar o depósito de resíduos a céu aberto e implementem programas de incentivo e coleta seletiva, com condições e infraestrutura de trabalho adequadas aos catadores de materiais recicláveis que atuam nos municípios.

Assessoria de comunicação do MPC-AM.