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Planilhas da SMTU que aumentaram passagem passarão por raio-x em 72 horas

 

As planilhas que resultaram no aumento do preço da tarifa do transporte coletivo, em Manaus, para R$ 3,80 serão analisadas nas próximas 72 horas por uma força-tarefa composta por técnicos do Tribunal de Contas do Amazonas (TCE-AM), da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), da Superintendência Municipal de Transportes Urbanos (SMTU)  e por procuradores de Contas.

A decisão foi tomada na manhã de hoje, após uma hora de reunião na sede do TCE entre os representantes do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram), com a SMTU, a Prefeitura de Manaus, o MPC e o Governo do Estado, por meio da Sefaz.

Sem apontar culpados pelo aumento da tarifa, o conselheiro-presidente do TCE, Ari Moutinho Júnior, que conduziu o encontro, concedeu o prazo para que os técnicos façam um raio-x das planilhas e apresentem alternativas viáveis, para que a população não seja punida com o aumento. Os números serão apresentados na próxima semana, provavelmente na segunda-feira (13), ao prefeito em exercício, Marcos Rotta, e ao governador José Melo, em um encontro proposto pelo TCE.

“Estamos mediando um entendimento entre as partes, em busca de uma solução pelo bom senso. Não estamos atrás dos culpados, mas atrás da solução para o problema, que atingiu a população de uma hora para a outra. Queremos o equilíbrio, para que possamos ter o entendimento que traga benefício para a cidade de Manaus. Agradeço ao governador e ao prefeito por terem encaminhados seus representantes para o encontro. Vejo boa vontade dos dois lados”, disse o conselheiro Ari Moutinho Júnior.

No encontro, a relatora das contas da SMTU, conselheira Yara Lins do Santos, questionou a prefeitura se o valor da tarifa poderia ser reduzido para R$ 3,50 temporariamente, sem o subsídio do Governo do Estado, enquanto técnicos realizam o estudo, mas o prefeito em exercício, Wilker Barreto, disse que não era possível. Na oportunidade, o conselheiro Ari Moutinho Júnior questionou se a Sefaz poderia retomar o subsídio para o transporte coletivo, o que foi negado pelo setor jurídico da Secretaria de Fazenda, que sugeriu uma análise nos dados e ainda levar a demanda à cúpula da pasta .

Em comum acordo, as partes decidiram analisar juntos as planilhas para se chegar a um denominador comum, uma vez que o Sinetram e a Prefeitura abordaram sobre a decisão do governo de cobrar o Imposto Sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) do combustível e do Imposto Sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) e a Sefaz, por sua vez, alegou um prejuízo anual da ordem de R$ 40 milhões com os subsídios.

Feliz com o resultado da reunião, na qual sentaram para conversar harmoniosamente todos os envolvidos, o conselheiro Ari Moutinho Júnior ressaltou que as duas partes em conflito chegarão a um entendimento ou quem sabe um repactuação em relação à tarifa, benéfica à sociedade.

O prefeito em exercício, Wilker Barreto, parabenizou o TCE pela iniciativa de mediar o conflito em nome da população e a conselheira Yara Lins dos Santos, como relatora das contas da SMTU, de convocar todos os envolvidos no aumento da passagem de ônibus na capital amazonense. Na oportunidade, ele afirmou que a Prefeitura de Manaus tem todo o interesse de aclarar os números para resolver o problema.

Além dos conselheiros Ari Moutinho Júnior e Yara Lins dos Santos e dos representantes do empresários, do governo e da prefeitura de Manaus, participaram da reunião o conselheiro Josué Filho, os procuradores Carlos Alberto Almeida,  Evelyn Freire e Ruy Marcelo de Mendonça, que deverá acompanhar a análise das planilha.

Acesse a Planilhas aqui

Texto: Assessoria do TCE-AM.

Foto: Ana Cláudia Jatahy

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O Ministério Público de Contas (MPC-AM) disponibilizou para consulta pública os dados que embasam a tarifa do sistema de transporte público em Manaus.

Clique aqui e acesse as planilhas do sistema de transporte público

A disponibilização dos dados foi feita pelo procurador-geral do MPC, Carlos Alberto Souza de Almeida, após reunião realizada na sede do Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM), com o prefeito em exercício, vereador Wilker Barreto (PHS), o procurador do município, Rafael Albuquerque, representantes das Secretarias de Estado da Fazenda (Sefaz) e Municipal de Transporte Urbanos (SMTU) e do Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros do Estado do Amazonas (Sinetram).

“A Lei 12.527/11 garante não só aos cidadãos, mas as pessoas que vivem no Estado  brasileiro o acesso às informações públicas e a planilha de custos que embasa o preço da passagem do sistema de transporte público é informação pública básica”, disse o procurador-geral do MPC-AM.

A reunião foi presidida pelo presidente do TCE-AM, conselheiro Ari Moutinho Júnior, atendendo a um convite feito pela vice-presidente do tribunal, conselheira Yara Lins, em uma representação, seguida por pedido de medida cautelar, ingressada pelo MPC-AM. Também participaram da reunião o conselheiro Josué Filho e os procuradores de contas Ruy Marcelo Alencar de Mendonça e Evelyn Freire de Carvalho.

No pedido cautelar, assinado pelo procurador-geral do MPC, Carlos Alberto Souza de Almeida, e pelos procuradores de contas Ruy Marcelo Alencar de Mendonça e Evelyn Freire de Carvalho, o órgão ministerial pediu ao TCE-AM que suspendesse os reajustes da tarifa do sistema de transporte público, em Manaus. O pedido foi negado pela vice-presidente do tribunal, conselheira Yara Lins. 

“Tanto a Portaria da SEFAZ quanto o decreto do Prefeito são atos unilaterais que trazem prejuízo financeiro direto e insegurança jurídica à população, em detrimento da garantia constitucional de modicidade de tarifa, elevando esta para patamar de uma das mais elevadas do País, ao arrepio do princípio do devido processo administrativo”, informou o MPC-AM no pedido cautelar.

A tarifa do sistema de transporte público, em Manaus, foi reajustada para R$ 3,55, em 26 de janeiro deste ano, com novo reajuste, em 23 de fevereiro, para R$ 3,80, após o corte de subsídios concedidos pelo Executivo estadual.

Em 24 de fevereiro deste ano, o MPC recomendou que a Prefeitura de Manaus elaborasse e disponibilizasse planilhas de despesas, encargos, contratos, lucros empresariais, subsídios de renúncias de receitas de caráter tributário e outros decorrentes custos que servem de embasamento ao preço da tarifa do sistema de transporte público e torne os dados públicos à população.

O procurador recomendou à Prefeitura que disponibilize as planilhas “para a maior autoridade municipal – o povo da cidade de Manaus – através da rede mundial de computadores, no portal da transparência e acesso à informação do Executivo municipal, em painéis nos terminais e estações de ônibus, em aplicativos para uso simplificado em aparelhos smatphones”.

Acesse a Recomendação na íntegra

Assessoria de comunicação do MPC-AM.

Foto: Robervaldo Rocha/CMM

TCU disponibiliza novo referencial de combate à corrupção nos órgãos públicos

Para ajudar no combate à corrupção nas instituições públicas, o Tribunal de Contas da União disponibiliza em seu site o “Referencial de Combate a Fraude e Corrupção”, aplicável a órgãos e entidades da administração pública de todos os portes e esferas. O material foi lançado em novembro de 2016 e atualizado este ano.

Por meio de linguagem simples e acessível, o material aborda as causas da corrupção nas instituições e, com base em diversas normas, legislações e estudos, sugere uma proposta para a implementação de linhas de defesa de combate a fraude e corrupção em instituições públicas baseado em cinco mecanismos: prevenção, detecção, investigação, correção e monitoramento.

De acordo com o TCU, o referencial compila o conhecimento prático que vem sendo aplicado por organizações públicas e privadas, dentro e fora do Brasil, no combate a fraude e corrupção.

Faça o download grátis aqui

Fonte: Editora Fórum

MPC recomenda que Prefeitura dê publicidade à planilha com dados sobre o sistema de transporte público, em Manaus

O Ministério Público de Contas (MPC-AM) recomendou, nesta sexta-feira (24/02), que a Prefeitura de Manaus elabore planilhas de despesas, encargos, contratos, lucros empresariais, subsídios de renúncias de receitas de caráter tributário e outros decorrentes custos que servem de embasamento ao preço da tarifa do sistema de transporte público e torne os dados públicos à população.

A recomendação foi dada pelo procurador-geral de contas, Carlos Alberto Souza de Almeida, após o órgão ministerial solicitar ao Tribunal de Contas do Estado (TCE-AM) a suspensão dos reajustes da tarifa do sistema de transporte público na capital do Estado.

“A Lei 12.527/11 garante não só aos cidadãos, mas as pessoas que vivem no Estado  brasileiro o acesso às informações públicas e a planilha de custos que embasa o preço da passagem do sistema de transporte público é informação pública básica”, disse o procurador-geral do MPC-AM.

O procurador recomendou à Prefeitura que disponibilize as planilhas “para a maior autoridade municipal – o povo da cidade de Manaus – através da rede mundial de computadores, no portal da transparência e acesso à informação do Executivo municipal, em painéis nos terminais e estações de ônibus, em aplicativos para uso simplificado em aparelhos smatphones”.

Acesse a Recomendação na íntegra

Serviços de hotelaria

Nesta sexta-feira, o procurador-geral do MPC-AM, Carlos Alberto Souza de Almeida, recomendou, ainda, que o prefeito de Manaus apresente uma nota explicativa, publicada em meios idôneos, a respeito do pagamento de hospedagem em uma suíte presidencial, ao custo de R$ 2,5 mil por dia.

“Ainda que possa ser alegada a vinculação estritamente pessoal de suas despesas familiares, a relevância de vosso cargo combinado com a imposição legal de prestação de contas  enquanto agente político, reclama um esclarecimento da origem dos recursos empregados, ou outra natureza de vinculação, na contrapartida dos alegados serviços de hotelaria, caso seja verdadeira a hospedagem”, disse o procurador-geral do MPC-AM, Carlos Alberto Souza de Almeida.

Veja a Recomendação na íntegra.

Assessoria de comunicação do MPC-AM.